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Curva de aprendizagem: o que é, como calcular e qual a aplicação nas empresas?

Você já parou para avaliar como anda a curva de aprendizagem dos colaboradores em sua empresa?

Trata-se de um daqueles indicadores chave de performance “invisíveis”, mas de grande impacto para os resultados.

Equipes que estão constantemente aprendendo e se aperfeiçoando produzem mais e tendem a ser mais motivadas.

Do contrário, quando a tendência é para a estagnação e maior risco de perdas e desperdícios. Fora o ambiente, que pode piorar.

Independentemente do segmento e do tamanho da empresa, é certo que as que contam com colaboradores e líderes sempre atualizados são mais competitivas.

Entenda a importância da curva de aprendizagem lendo este conteúdo, como aplicá-la e fazer o seu cálculo com objetivos de negócio.

O que é curva de aprendizagem?

A curva de aprendizagem é uma forma gráfica usada para definir o ritmo com que profissionais e equipes adquirem proficiência em certa área ou técnica, habilidade ou conhecimento.

Ela mostra como o desempenho melhora à medida que a pessoa pratica ou se expõe repetidamente a uma atividade.

No início, o progresso pode ser lento, mas tende a acelerar com o tempo até se estabilizar.

Assim, quanto mais alta for a curva, mais aprofundado será o aprendizado, enquanto uma curva baixa indica pouca proficiência. 

Por suas características, é uma ferramenta indispensável para implementar e consolidar a gestão do conhecimento nas empresas, bem como para pautar decisões sobre pessoal.

O conceito é usado em diversas áreas, como educação, tecnologia e gestão, para planejar treinamentos, prever resultados e medir eficiência.

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Como funciona a curva de aprendizagem?

Vimos que a curva de aprendizagem é uma representação visual de como uma pessoa evolui ao longo do tempo ao praticar ou estudar determinada atividade. 

Ela mostra que, quanto mais alguém se expõe ou pratica uma tarefa, maior tende a ser seu domínio sobre ela, como mostra o gráfico abaixo:

A curva de aprendizagem funciona como um roteiro, com o qual se pode posicionar um indivíduo em um processo evolutivo dividido em fases, tais como:

  • Início do aprendizado: no começo, tudo é novidade. O progresso pode ser rápido nas tarefas simples ou lento nas mais complexas. A pessoa está descobrindo os fundamentos e ainda comete muitos erros
  • Fase de progresso: com repetição e prática, a pessoa começa a automatizar processos, os erros diminuem e a execução melhora. Nesta fase, há ganhos visíveis de desempenho ou compreensão
  • Estabilidade ou desafio: após um certo tempo, o avanço tende a desacelerar. A pessoa pode atingir um platô — um ponto onde parece não evoluir. Isso pode ser superado com novos estímulos, técnicas ou desafios mais difíceis
  • Aprofundamento: com persistência, o aprendizado avança para níveis mais complexos. O domínio se torna mais sólido, e a pessoa consegue aplicar o que sabe com mais flexibilidade, criatividade ou precisão. 

Qual a aplicação da curva de aprendizagem nas empresas?

As empresas coexistem em um espaço de livre concorrência, no qual a estagnação ou acomodação cobra um preço muito alto.

Estar em constante movimento é mais do que uma prática recomendável; é uma condição para o sucesso em contextos altamente competitivos.

Quem consegue se reinventar, inovar ou se aperfeiçoar garante a continuidade nos negócios, podendo assim superar os competidores.

A aplicação da curva de aprendizagem é, portanto, a maneira como as empresas mantêm o controle sobre as suas capacidades de resposta às mudanças.

Na indústria, por exemplo, ela ajuda a mapear habilidades e competências, além de dimensionar o quão preparada é a força de trabalho.

Os usos se estendem por todas as atividades produtivas, servindo como referência para políticas de contratação, processos demissionais ou realocação de mão de obra.

Como calcular a curva de aprendizagem?

A curva de aprendizagem é calculada observando como o desempenho melhora com a repetição de uma atividade. 

Isso envolve medir o tempo, a qualidade ou a produtividade ao longo de várias tentativas, identificando padrões de evolução. 

Com esses dados, é possível prever quanto tempo ou esforço será necessário até que determinada tarefa seja realizada com eficiência.

Em muitos contextos (especialmente na indústria e em estudos de produtividade), usa-se uma fórmula que relaciona o tempo ou o custo para realizar uma tarefa com o número de repetições: 

  • Y = aXb 

Onde:

  • Y = tempo (ou custo, esforço etc.) necessário para completar a tarefa na repetição X
  • a = tempo (ou custo) da primeira tentativa
  • X = número da tentativa (por exemplo, 1ª, 2ª, 3ª vez…)
  • b = taxa de aprendizado (sempre negativa; quanto mais próximo de -1, mais rápido o aprendizado).

Como interpretar os resultados dessa fórmula?

  • Se b = 0, não há melhoria, o tempo gasto é sempre o mesmo
  • Se b = -0,3, por exemplo, há uma melhoria a cada repetição. Isso representa uma curva de aprendizagem de 80%, ou seja, cada vez que a produção dobra, o tempo necessário cai para 80% do anterior.

Tipos de curva de aprendizagem

Cada um aprende em seu próprio ritmo, dependendo não só das próprias capacidades, como das condições externas. 

Isso faz com que diferentes tipos de curva de aprendizagem possam ser formadas, como as que vamos conhecer na sequência.

Curva de aprendizagem linear

Nesse tipo de curva, a relação entre tempo/prática e desempenho é constante. 

Cada hora de prática gera uma melhora previsível, sendo típica de tarefas simples, repetitivas ou com baixo grau de complexidade, onde o aprendizado se dá de maneira contínua e sem grandes saltos. 

Curva de aprendizagem exponencial

Já nesse tipo de curva, no início, o progresso é quase imperceptível — o indivíduo precisa assimilar fundamentos, vocabulário ou lógica. 

Com o tempo, ao conectar conceitos e ganhar segurança, o avanço se acelera de forma acentuada. 

É um tipo de aprendizado comum em áreas como programação, matemática ou idiomas, onde a base leva tempo para se consolidar, mas depois o entendimento se expande rapidamente.

Curva de aprendizagem em “S”

Aqui o aprendizado começa devagar, geralmente por conta da complexidade inicial ou da falta de familiaridade com o tema. 

Depois, há uma fase de rápido avanço, quando a pessoa começa a dominar os princípios.

Por fim, chega-se a uma etapa de estabilidade, onde novas melhorias demandam mais esforço ou estudo mais aprofundado. 

Essa é uma curva relativamente comum em áreas criativas ou técnicas, como design, música ou engenharia.

Curva de aprendizagem negativa

Por sua vez, na curva negativa, o desempenho tende a cair antes de melhorar. 

Isso pode ocorrer quando é necessário desaprender hábitos antigos ou adotar métodos totalmente novos. 

O esforço inicial causa confusão ou piora temporária, mas depois o entendimento se reorganiza e a performance sobe. 

Curva de aprendizagem em platô

Também acontece muito de, após uma fase de progresso, o desempenho se estabilizar, dando a impressão de estagnação. 

Isso não significa que a pessoa parou de aprender, mas que entrou em uma zona onde os avanços não são tão visíveis. 

É necessário então mudar a abordagem, buscar desafios maiores ou aprofundar o conteúdo para voltar a crescer. 

Curva de aprendizagem em degraus

O desenvolvimento acontece em fases. 

Uma pessoa aprende algo, estabiliza, e depois, com um novo entendimento ou habilidade, sobe um novo “degrau”. 

Cada avanço exige tempo e esforço para consolidar, muitas vezes em um processo por ciclos — primeiro entender, depois aplicar e, só então, evoluir. 

Assim acontece com a aprendizagem em degraus, muito observada em formações acadêmicas ou aprendizado de softwares complexos.

Como melhorar a curva de aprendizagem em uma empresa?

A melhoria contínua é sempre desafiadora, ainda mais quando os resultados já são positivos e parece não haver muito o que fazer. 

É onde o conceito da curva de aprendizagem pode fazer a diferença, orientando nos esforços de aperfeiçoamento. 

Veja a seguir como ela pode ser constantemente ajustada em um ambiente de negócios.

Adapte o treinamento ao nível e contexto dos colaboradores

Um bom ponto de partida é mapear o nível de conhecimento de cada grupo e adaptar o formato dos treinamentos, tendo em conta que alguns aprendem melhor com prática direta, outros com videoaulas, leitura ou simulações. 

É como o princípio da segmentação do marketing, em que os resultados dos treinamentos tendem a ser melhores quando os conteúdos estão alinhados às necessidades e expectativas das pessoas.

Estimule o aprendizado contínuo com feedback rápido

Não basta treinar apenas na integração — o aprendizado precisa fazer parte da rotina. 

Para isso, vale dar feedbacks curtos e constantes visando corrigir erros logo no início, impedindo que virem hábitos. 

Vale também mostrar que o progresso, mesmo que parcial, será sempre reconhecido, criando assim um ambiente no qual as pessoas se sintam estimuladas.

Existem inclusive ferramentas de acompanhamento simples, como checklists ou trilhas de conhecimento, que mantêm o foco no desenvolvimento e ajudam a monitorar resultados.

Crie um ambiente onde é seguro testar, errar e ajustar

Ambientes rígidos, onde o erro é punido, fazem as pessoas evitarem riscos, e isso pode travar a curva de aprendizagem. 

Por outro lado, quando é possível experimentar, refletir sobre os erros e ajustar sem receio, o progresso tende a ser mais rápido.

Incentivar essa mentalidade de tentativas constantes, com lideranças que apoiem o processo, tende a reduzir o tempo necessário para a equipe atingir bons resultados.

Essa é uma boa prática no contexto da metodologia Lean Six Sigma, na qual as empresas melhoram a qualidade investindo em melhoria contínua, conforme os princípios Kaizen.

Conclusão

A curva de aprendizagem é sobretudo um método científico, com diversas aplicações documentadas em empresas dos mais variados segmentos.

Agora você tem mais esse conhecimento para orientar na condução dos seus negócios, na gestão dos seus colaboradores ou na sua própria aprendizagem.

E se quiser ir mais fundo, nossa dica é fazer os cursos Black Belt e Green Belt da EDTI, disponíveis nas modalidades EAD e presencial.

Pode também levar esse conhecimento aos seus colaboradores, por meio do programa EDTI for Business de cursos in company.

Quer saber como estimular a melhoria contínua na sua empresa? Então, não deixe de baixar o material em que mostramos como fazer!

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