Pular para o conteúdo
Você está aqui: Início / Blog / Variabilidade de processos

Variabilidade de processos

O controle estatístico de processo tem como objetivo monitorar um produto ou serviço durante seu processo de produção, pois caso apresente problemas, seu procedimento será interrompido para que as falhas sejam sanadas e o mesmo retorne a sua condição normal.

eBook: Como fazer análise de dados

A análise de dados tem sido uma habilidade cada vez mais requisitada no mercado de trabalho. A quantidade de dados disponíveis é enorme, mas poucas pessoas conseguem transformá-los em insights para decisões de negócios.





Capa eBook: Como fazer análise de dados

Causas de variação nos processos produtivos

Podemos classificar as causa de variação no processo em dois grupos: as causas de variação comuns e as especiais.

  • Causas de variação comuns: são consideradas aleatórias e inevitáveis e quando o processo apresenta somente causas de variação comuns, as variáveis do processo seguem uma distribuição normal. Por exemplo, o peso do arroz ensacado por uma distribuidora de produtos alimentícios seguirá uma distribuição normal caso o processo apresente somente causas comuns de variação, que estejam dentro dos limites de controle.
  • Causas de variação especiais: ocorrem por motivos claramente identificáveis e que podem ser eliminados. As causas especiais alteram o parâmetro do processo, média e desvio padrão, pois estão fora dos limites de controle.

Controle de variáveis

Variáveis significa tudo aquilo que pode ser medido por instrumento de medição, como por exemplo, peso, altura, diâmetro, comprimento, largura, velocidade, tempo, entre outros.

Para o controle das variáveis do processo partimos da hipótese de que a variável a ser controlada segue uma distribuição normal.

Portanto, deve-se controlar a média e o desvio padrão da distribuição, que se não tiverem variação ao longo do tempo caracterizam o que  chamamos de “processo sobre controle”.

Um processo sobre controle é aquele onde as variáveis não apresentam variação de média ou de desvio padrão ao longo do tempo.

O controle das variáveis é realizado através de um instrumento denominado gráfico de controle, que é um diagrama que apresenta um limite superior denominado LSC (limite superior de controle) e um limite inferior denominado LIC (limite inferior de controle), além de uma linha de centro denominada LM (linha média).

O processo de controle de variáveis deve seguir cinco fases:

  1. Determinar os limites do gráfico de controle da média e da amplitude (diferença entre o valor maior e o valor menor das amostras coletadas) para cada variável que será controlada.
  2. Estabelecer um plano para retirada das amostras do que está sendo produzido (cada amostra deve ter um determinado número de produtos).
  3. Para cada amostra retirada, medir a média e a amplitude.
  4. Colocar os valores encontrados nos gráficos verificando se estes valores estão nos limites do gráfico, caso em que o processo estará sobre controle.
  5. Análises e situações: os resultados obtidos devem ser analisados verificando se existe a necessidade de algum tipo de ação.

A variabilidade é a oscilação da média ou ponto ideal do processo e representa um aspecto fundamental para o controle da qualidade.

Está relacionada principalmente a não uniformidade das matérias-primas, da habilidade e diferenças pessoais dos colaboradores, dos equipamentos, e muitas vezes, das condições contextuais inerentes ao processo. A determinação dos limites em valores aceitáveis em um processo é primordial para seu controle.

Tipos de limites aceitáveis no processo

Limite de Especificação (LE), que é definido pelo mercado ou órgão regulador. São classificados como:

LIE: Limite Inferior de Especificação

LSE: Limite Superior de Especificação

Limite de Controle (LC), que é definido pela empresa e deve ser mais rígido do que os limites de especificação. Tem como objetivo estabelecer controles internos com menor tolerância. São classificados como:

LIC: Limite Inferior de Controle

LSC: Limite Superior de Controle

Tipos de causas de variabilidade no processo

A variabilidade do processo está relacionada a dois tipos de causas: as comuns e as especiais.

  • As causas comuns estão associadas ao desenho, à estrutura e aos responsáveis pelo processo. Para eliminá-las ou minimizá-las é necessário rever o projeto do processo.
  • As causas especiais são imprevisíveis e esporádicas, causando grandes variações no processo. São difíceis de ser previstas, pois estão associadas a aspectos não controláveis do processo.

A diminuição da variabilidade no processo é uma tarefa que precisa da contribuição de todos os envolvidos. Os gerentes talvez sejam os únicos que possam atuar nas oportunidades de melhoria, mas para isso, precisam de dados e uma equipe capacitada, comprometida e com consciência da importância da melhoria do processo.

Causas corriqueiras e especiais da variação de um processo produtivo

Dois produtos nunca são exatamente iguais, pois todo processo possui várias fontes de variabilidade. As diferenças entre os produtos podem ser grandes, ou elas podem ser muito pequenas, mas elas estão sempre lá.

Uma variação de gramatura do tecido, uma variação da forma de enfestar o tecido sobre a mesa, o cortadores não segue exatamente a linha de corte em todo o perímetro dos moldes encaixados, no processo de montagem da peça a operadora também não consegue colocar em baixo do calcador todas as partes na mesma distância e, até, o meio ambiente (temperatura, iluminação, etc.).

Enfim, qualquer processo sempre conterá um grau, menor ou maior, de fontes de variação em sua operação.

Algumas dessas fontes de variação trazem consequências em curto prazo, tamanho das pernas diferente e fora da medida, variação do tamanho de ponto, diferença de tonalidade, e, etc.

Outras tendem a causar mudanças no resultado em longo prazo, gradualmente, com mudanças no procedimento, costura se descosturando, encolhimento nas lavagens de uso, migração de cores, etc. O intervalo de tempo, procedimentos e as condições em que o controle de qualidade são feitas afetarão a quantidade total.

Causas corriqueiras

Refere-se às muitas fontes de variação dentro de um processo, que possuem uma distribuição estável e repetitiva ao longo do tempo.

Elas funcionam como um sistema estável de causas prováveis. Quando o processo contém apenas causas comuns de variação e essas não se alteram, o resultado do processo se torna previsível e diz-se que ele está sob controle estatístico.

Causas especiais

Também chamadas de causas assinaláveis, referem-se aos fatores que não atuam no processo com frequência.

Quando elas aparecem, a distribuição (global) do processo muda. A presença de causas especiais afeta o resultado do processo de forma imprevisível, tornando-o instável ao longo do tempo, por isso, precisam ser identificadas e corrigidas.

As mudanças na distribuição do processo, em decorrência de causas especiais, podem ser tanto negativas quanto positivas. No caso de serem negativas, elas precisam ser identificadas e eliminadas. No caso de serem positivas, deveriam ser identificadas, confirmadas e integradas ao processo.

Essas ações, contudo, necessitam que os planos de controle do processo possam assegurar a conformidade com os requisitos do cliente e, ao mesmo tempo, proteger o processo contras outras causa especiais.


post

1 comentário em “Variabilidade de processos”

  1. Pingback: O que é Regressão Linear? Entenda aqui! | Escola EDTI - Acesse e Conheça nossos Cursos‎

Deixe um comentário

Inscreva-se em nossa newsletter

E receba por email novos conteúdos assim que forem publicados!

Desenvolvido por: