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Educação 2: doutores no Brasil

Educação 2: doutores no Brasil

Quero utilizar este artigo para pedir desculpas pela ausência durante estas duas semanas que se passaram, pois estive engajado na finalização do meu projeto de doutorado. Finalmente, depois de 4 anos de estudo, eu finalizei o doutorado. A data especial me trouxe alguns questionamentos: como será que estão os números relativos à pós-graduação no Brasil? Será que estamos formando mais doutores? Qual será o comportamento deste indicador no Brasil? Por isto, resolvi dedicar este post a alguns importantes indicadores. Vamos lá.

A primeira coisa que fiz foi procurar os dados em uma fonte confiável, no caso o CNPq. Lá achei uma boa tabela que tinha o número de doutores por 100 mil habitantes no Brasil separado por Estados.  A figura 1 mostra a evolução no número de doutores entre os anos de 2000 a 2010.

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Figura 1: evolução no número de doutores entre os anos de 2000 a 2010.

Pela figura 1 é possível verificar que o número de doutores está aumentando. Boa notícia, o país está investindo na capacitação de seus quadros. O número em 2010 é bastante alto, visto que a Alemanha que é nação com maior número de doutores por cem mil habitantes da Europa tem 38,1. Mas será que este crescimento está estável? Vamos avaliar o retorno do indicador (fig. 2).

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Figura 2: evolução do retorno do número de doutores por 100 mil/habitantes.

O crescimento médio está em 21% em dois anos, ou seja, o número de doutores por cem mil habitantes cresce 20%, em média, a cada dois anos. E será que este crescimento é igual em todos os Estados? Aí que a desigualdade brasileira começa a aparecer.

O Estado com maior número de doutores por habitantes é o Distrito Federal. Em 2010 o DF possuía 112,2 doutores por cem mil habitantes e o menor era o Maranhão com 10,3. Quando vejo este dado começo a entender um pouco a razão para que este belo Estado esteja tão mal. Quando olhamos o IDH-M renda o Estado que aparece em último lugar também é o Maranhão. Por que será hein?

E o que aparece em primeiro é o Distrito Federal.

Olhando os dados assim eu vejo que o esforço de 4 anos de estudo aliado ao esforço do governo valem a pena. Apesar dos inúmeros exemplos de milionários ou bilionários que nunca tiveram uma educação formal não pararem de crescer, penso que a melhor segurança para os simples mortais é o estudo. Está mais que comprovado que anos a mais de estudo trazem reais a mais na renda.

É muito melhor um Estado investir mais na formação de mestre e doutores do que no sistema prisional ou em licitações para compra de banquetes com lagosta fresca. O Brasil tem que entender que sem esforço, estudo, inovação e tecnologia o país não vai para frente. Fica o pensamento. Claro, sempre vale lembrar que exceções existem. Não tome este artigo como um ode à formação acadêmica, mas como um viva para a educação. 

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