Você sabe o que é uma ação corretiva no contexto das empresas?
Até mesmo aquelas que contam com planos de manutenção preventiva e preditiva estão sujeitas a realizar alguma medida desse tipo.
Afinal, essa é a condição em que muitas organizações dos segmentos industrial, de saúde e construção civil têm que lidar, algumas diariamente.
Quanto maior for a operação, maior será a necessidade de contar com procedimentos corretivos, principalmente pela questão da qualidade.
E mesmo nas empresas de pequeno e médio porte, eles acabam sendo necessários, até pela maior exposição dessas empresas.
Entenda o que isso significa no cenário produtivo e como aplicar uma ação corretiva de forma metódica e organizada.

O que é ação corretiva?
Ação corretiva é um um conjunto de medidas tomadas para eliminar a causa de uma não conformidade, defeito ou problema, prevenindo sua recorrência.
Envolve análise da causa raiz e implementação de mudanças para garantir a melhoria contínua em processos, produtos ou sistemas.
Pela ótica da norma ISO 9000 de qualidade, as ações corretivas devem estar previstas nos Sistemas de Qualidade Total (SQT) das empresas, como também preconizam as ISO 14001, ISO 9001 e ISO 27001, entre outras.
Portanto, ao tratar desse tipo de ação, a empresa está também cuidando para manter e aperfeiçoar seus padrões de qualidade.
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Qual a diferença entre ação corretiva e correção?
Pela perspectiva da qualidade, ação corretiva é a medida a ser tomada não apenas para reparar um erro ou corrigir uma falha, mas para prevenir que o problema volte a acontecer.
Nesse sentido, ela se diferencia de uma simples correção, cujo foco está na solução imediata e não na prevenção.
A ação corretiva parte de uma visão mais ampla, segundo a qual é preciso não apenas corrigir, como evitar que a falha volte a ocorrer.
Com esse entendimento, a empresa cria condições propícias para melhorar continuamente, de maneira que as falhas sejam cada vez menos comuns.
Exemplos de ação corretiva
O rol de ações corretivas é naturalmente bastante extenso, embora algumas pareçam mais frequentes.
Veja exemplos:
- Ajuste de máquina: consiste basicamente na regulagem de equipamentos para eliminar falhas recorrentes e melhorar a produção
- Treinamento de colaboradores: investindo em capacitação para evitar erros operacionais e garantir a padronização dos processos
- Revisão de procedimentos: através da atualização de normas para corrigir falhas e otimizar a eficiência produtiva
- Instalação de dispositivos de segurança: pela implementação de sensores, poka-yoke ou barreiras para reduzir riscos de acidentes
- Mudança de fornecedor: em certos casos, pode ser necessária a substituição por um parceiro mais confiável para garantir qualidade e entregas no prazo.
Qual a relação entre relatório de não conformidade e ação corretiva?
Outro procedimento relativamente comum, principalmente na indústria, é o uso do chamado relatório de não conformidade.
Sua função principal é documentar desvios em produtos, processos ou serviços que não atendem aos requisitos estabelecidos.
Ele identifica o problema, suas possíveis causas e impactos, servindo como base para definir ações corretivas.
A ação corretiva, por sua vez, é a medida tomada para eliminar a causa da não conformidade e evitar sua repetição.
Ou seja, o relatório registra a falha e justifica a necessidade de correção, enquanto a ação corretiva busca solucionar o problema de forma definitiva.

Como fazer um plano de ação corretiva?
Tendo em conta que toda ação corretiva visa não apenas solucionar um problema como eliminar as causas para que não se repitam, fica clara sua relação com a gestão da qualidade.
Como vimos, a norma ISO 9000 é a principal referência sobre o assunto, pautando a maneira como as ações corretivas devem ser conduzidas.
Para não nos estendermos demais nessa parte, podemos resumir um plano de ação corretiva em três etapas.
1. Identificação do problema e análise da causa
No contexto industrial, o primeiro passo para um plano de ação corretiva é identificar o problema com exatidão.
Pode ser um defeito em um produto, falha em um processo ou um incidente de segurança, ou mesmo um desvio em um processo, por mais insignificante que possa parecer.
A partir disso, deve-se realizar uma análise de causa raiz, utilizando ferramentas como Diagrama de Ishikawa ou os 5 Porquês, para entender a origem do problema e evitar que ele se repita.
2. Desenvolvimento e implementação da solução
Com a causa raiz identificada, é necessário definir ações corretivas que eliminem ou minimizem o problema.
Nessa etapa, a empresa pode ter que implementar mudanças no processo produtivo, com treinamentos para funcionários ou mesmo a substituição de materiais.
Após definir as medidas, elas devem ser implementadas com um plano claro, definindo responsáveis, prazos e os recursos necessários.
3. Monitoramento e validação dos resultados
Após a implementação, é preciso monitorar os efeitos das ações corretivas para garantir que o problema foi resolvido.
Isso pode ser feito por meio de auditorias, medições de desempenho e acompanhamento contínuo dos processos, para ficar nas medidas mais relevantes.
Caso os resultados não sejam satisfatórios, deverão ser feitos ajustes adicionais até que a solução dê conta dos parâmetros de qualidade desejados.
Ação corretiva e preventiva: entenda a diferença
Embora a ação corretiva tenha um caráter preventivo, esse não é o seu foco principal.
Quem trabalha na prevenção tem como objetivo evitar correções, adotando medidas que, no curto e no longo prazo, fazem com que erros e desvios não venham a ocorrer.
Por aí se vê que quem sabe implementar ações corretivas e apoiar na prevenção tem uma grande vantagem.
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Conclusão
Toda ação corretiva pode servir como ponto de partida para o aperfeiçoamento.
Para isso, a empresa, seus colaboradores e líderes devem estar imbuídos do “espírito” da melhoria contínua, como sugerem os princípios Kaizen.
Afinal, melhorar continuamente é o meio mais seguro de evitar falhas, erros e o desperdício.