Desde os primórdios, a indústria está ligada a processos de fabricação.
Você já parou para pensar como um simples objeto do seu dia a dia — como uma caneta, um smartphone ou até mesmo uma xícara de café — ganhou forma?
Por trás de cada produto que usamos, existe uma cadeia complexa e fascinante de etapas.
É o que chamamos de processo de fabricação.
Esse universo vai muito além de máquinas e operários em fábricas: envolve tecnologia de ponta, decisões estratégicas, sustentabilidade, inovação e, claro, muita engenharia.
Continue lendo para conhecer detalhes dos processos e ver dicas para otimizá-los no seu negócio.
O que são processos de fabricação?
Processos de fabricação são métodos usados para transformar matérias-primas em produtos acabados ou semiacabados.
Para isso, podem ser aplicadas diferentes técnicas, como conformação mecânica, soldagem, manufatura aditiva e tratamentos térmicos.
Cada processo é escolhido com base no material, no custo e na aplicação final da peça.
A conformação mecânica, por exemplo, modela o material sem remoção, enquanto a soldagem une componentes.
Já a manufatura aditiva constrói objetos camada por camada, diferentemente do método de usinagem.
Seja qual for o processo, todos são essenciais na indústria para produzir desde peças simples até componentes complexos em setores como automobilístico, aeroespacial e eletrônico.
Principais tipos de processos de fabricação
Da Primeira Revolução Industrial à Indústria 4.0 e 5.0, os processos de fabricação foram sendo descobertos e aperfeiçoados à medida que a própria indústria evoluia.
Vamos conhecer a seguir 5 desses processos, entre os mais antigos e os mais avançados.
Usinagem
A usinagem é um processo de fabricação que remove material de uma peça bruta para obter a forma desejada, utilizando ferramentas de corte.
Pode ser feita por torneamento, fresagem, furação e retificação, entre outras operações.
Para tal, são utilizadas máquinas como tornos, fresadoras e centros de usinagem que controlam a precisão do corte.
É um processo conhecido pela alta precisão e acabamento superficial, sendo amplamente usado na indústria metalúrgica desde a idade antiga, com registros de materiais fabricados dessa forma que remontam a 3.000 A.C.
Fundição
Já a fundição é um processo de fabricação no qual um metal ou liga é aquecido até se tornar líquido e depois despejado em um molde para adquirir uma forma específica.
Após o resfriamento e solidificação, a peça é removida do molde e pode passar por acabamentos.
Existem diversos métodos, como fundição em areia, por cera perdida e sob pressão, sendo esse um processo amplamente usado na produção de peças complexas para indústrias automobilística, aeroespacial e metalúrgica.
Conformação mecânica
Nos processos que vimos até aqui, sempre há alguma perda de material.
Não é o caso da conformação mecânica, na qual se molda o material por deformação plástica sem remover material, como na laminação, extrusão, forjamento e estampagem.
Esse processo pode ser feito a quente ou a frio, dependendo do material e do processo, tais como:
- Laminação: em que o material passa entre cilindros para reduzir sua espessura
- Forjamento: a peça é golpeada ou prensada para obter uma forma específica
- Extrusão: o material é empurrado através de um molde para formar perfis contínuos
- Estampagem: consiste em chapas metálicas cortadas e dobradas para criar peças tridimensionais.
Soldagem e união
A soldagem e os processos de união são utilizados para conectar materiais permanentemente ou temporariamente.
Na soldagem, são aplicados o aquecimento e a fusão das superfícies, podendo incluir material de adição.
Entre os métodos mais comuns nesse processo, destacam-se a soldagem a arco elétrico, que utiliza um eletrodo para fundir os metais, e técnicas avançadas como TIG e MIG, que usam gases para proteger o arco.
Manufatura aditiva
Última palavra em processo de fabricação, a manufatura aditiva constrói peças camada por camada a partir de um modelo digital, sem necessidade de moldes ou remoção de material.
Permite a fabricação de componentes complexos e personalizados com menor desperdício.
Ela emprega tecnologias como a FDM (Fused Deposition Modeling), que utiliza filamentos de polímero derretido para formar camadas sucessivas e o SLS (Selective Laser Sintering) na qual um laser é usado para fundir partículas de pó metálico ou plástico.
Como otimizar os processos de fabricação?
Ter um processo de fabricação não é tudo: é preciso otimizá-lo para que gere os melhores resultados.
Aqui vão algumas ações práticas para colocar isso em prática:
- Mapeie os processos: entenda o fluxo de trabalho atual e identifique gargalos
- Automatize tarefas repetitivas: use tecnologia para ganhar tempo e reduzir erros
- Padronize operações: crie manuais e treinamentos para garantir consistência
- Implemente melhorias contínuas (Kaizen): incentive sugestões e ajustes constantes
- Monitore indicadores: acompanhe KPIs como tempo de ciclo e taxa de rejeição
- Adote o Lean Manufacturing: elimine desperdícios e otimize recursos.
Profissionais capacitados em metodologias de redução de desperdício e aumento da qualidade são os mais indicados para isso.
Seja você o especialista que vai ajudar a indústria a crescer, qualificando-se na EDTI em nossos cursos EAD, Green Belt e Black Belt presenciais.
Conclusão
Os processos de fabricação são fundamentais para a indústria, independentemente do tamanho ou segmento.
Como vimos neste conteúdo, cada um tem suas características, moldando-se melhor a diferentes tipos de indústria.
Vá ainda mais longe, complementando esta leitura com o ebook sobre gestão por processos!