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Pensar fora da caixa: o que é, benefícios e como fazer isso

É curioso que o conceito de pensar fora da caixa tenha se tornado um lugar-comum, já que ele se opõe a isso.

Se você fizer uma rápida pesquisa em um site de vagas de emprego, por exemplo, vai perceber que a maioria das empresas cobra esse pensamento dos candidatos (ou algo parecido).

No entanto, em boa parte delas, a prática se mostra bastante diferente.

Ou seja: é fácil falar em pensamento fora da caixa. Sua real aplicação é o mais desafiador.

Engana-se quem imagina que essa forma de conceber as coisas interesse apenas a profissionais das áreas de Humanas e Artes.

Profissionais dos ramos industrial, de tecnologia e até de construção civil podem também tirar vantagem de pensar diferente.

Quer saber como fazer isso?

Então, não deixe de ler este conteúdo até o final. 

O que é pensar fora da caixa?

Pensar fora da caixa consiste em olhar para onde ninguém mais está prestando atenção e conseguir ver oportunidades nisso.

Parece até coisa de “cientista maluco”. Mas, acredite: de louco, isso não tem nada.

Na verdade, o pensamento fora da caixa só passou a ser um atributo desejado pelas empresas porque traz resultados reais e consistentes. 

Nelas, os líderes de destaque conseguem conjugar essa abordagem com um raciocínio mais metódico e analítico.

E, hoje, elas são talvez o melhor exemplo do que significa pensar fora da caixa.

Sendo um conceito moderno, é curioso pensar que, até pouco tempo, não eram muitas as pessoas que tinham uma ideia clara sobre o que seriam empresas disruptivas.

Basicamente, se caracterizam por trazer para o mercado soluções completamente novas, mudando a forma como nós consumimos determinado produto ou serviço.

Veja também neste e-book como se tornar um líder melhor utilizando a metodologia Lean!

Como surgiu essa expressão?

Acredita-se que o pensamento fora da caixa tenha se difundido no final dos anos de 1960, quando a frase em inglês “thinking outside the box” se popularizou.

Eram anos rebeldes, nos quais estavam em alta a contracultura e um estilo de vida alternativo que parecia ser uma opção para escapar das mazelas do mundo.

Como quase sempre acontece, o meio corporativo assimilou a expressão, levando-a para dentro das organizações.

Afinal, empresas não são entidades alienígenas. Elas nascem da sociedade e, por isso, se adaptam ao que vem dela.

Não tardou muito para que os principais estudiosos e lideranças empresariais viessem a estudar o conceito mais a fundo, dando origem a uma vasta produção literária.

Livro: O poder de pensar fora da caixa

Uma das obras de maior destaque sobre o assunto é o livroO poder de pensar fora da caixa: As lições de 8 executivos que superaram problemas aparentemente insolúveis”, de William N. Thorndike Jr.

O interessante é que, para justificar sua ideia, Thorndike Jr. partiu de um método bastante simples: avaliar o modus operandi dos líderes de oito grandes empresas dos Estados Unidos.

Na obra, ele vai a fundo na análise de como essas figuras proeminentes pensam e agem e de que forma usaram isso para alcançar resultados excepcionais.

Como pensar fora da caixa pode ajudar você

Ok, pensar fora da caixa parece interessante, mas por que desenvolver essa abordagem?

Por mais que exista a necessidade de se manter certos costumes e práticas, a verdade é que tudo está em constante movimento.

Seja empurrada pela natureza ou pela necessidade de encontrar soluções melhores, a humanidade está sempre evoluindo ou sendo forçada a evoluir.

Isso significa que as respostas que temos hoje podem não ser mais suficientes para solucionar os problemas de amanhã.

Aliás, a ciência só avança por causa da capacidade de encontrar respostas partindo de conceitos e propostas novas.

Nesse contexto, pensar fora da caixa é um ponto de partida para reagir apropriadamente e se antecipar às mudanças.

E isso vale tanto para a sua carreira quanto para alcançar os objetivos de uma empresa ou projeto.

Na carreira

As empresas hoje não contratam mais profissionais apenas por causa de sua experiência em uma lista fixa de atividades.

Afinal, o ambiente corporativo hoje é muito mais volátil, demandando por isso soluções específicas e não usuais.

Sendo assim, elas buscam por pessoas capazes de pensar fora da caixa porque é realmente disso que elas precisam.

Por outro lado, isso não quer dizer que basta ser super criativo ou “inventar a roda”.

O principal é que o profissional saiba direcionar seu pensamento para gerar soluções práticas.

Então, quem souber aliar raciocínio analítico e pensamento “outside the box” sai na frente na disputa pelos melhores postos de trabalho.

Na empresa

Pensar fora da caixa é uma grande responsabilidade.

Isso porque, uma vez que essa abordagem é desenvolvida, passa a existir uma expectativa natural por bons resultados.

Portanto, é no dia a dia dentro das empresas que o profissional mostra que de fato pensa e age fora dos padrões convencionais.

Dessa forma, as organizações se beneficiam ao manter em seus quadros pessoas capazes de responder à altura aos mais variados desafios.

Situação oposta também acontece, como exemplificam as inúmeras empresas que naufragaram por não olhar para fora do seu quadrado.

Por isso, o pensamento fora da caixa é, de certa forma, uma proteção contra as mudanças que vêm de fora e os riscos que elas possam gerar.

pensar fora da caixa

Exemplos de pensar fora da caixa

Felizmente, o Brasil não tem um histórico de conflitos armados de grandes proporções em seu território.

O Japão, por sua vez, não tem essa sorte. 

Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, sua população sofreu com o país devastado por intensos bombardeios.

Foi nesse contexto que eles tiveram que aprender a pensar fora da caixa, mesmo sendo um país com valores bastante conservadores.

Um ótimo exemplo disso foi a criação do modelo Toyotista de produção, que tem como um dos seus mentores o grande Kaoru Ishikawa.

Antes dele, outros mestres da gestão aplicaram o pensamento fora da caixa para desenvolver soluções à frente do seu tempo.

Walter A. Shewhart, na primeira metade do século XX, foi pioneiro em introduzir métodos estatísticos de controle da qualidade.

Outro grande expoente dessa forma de pensar é William Edwards Deming, cuja obra influencia até hoje gestores do mundo todo pela sua abordagem arrojada e inovadora.

O que fazer para pensar fora da caixa: 10 dicas

Perceba que, em comum, todos os nomes de peso citados têm uma sólida formação que os permitiu pensar fora da caixa de maneira organizada.

Kaoru Ishikawa foi um eminente engenheiro, professor e pesquisador incansável dos processos industriais.

O também engenheiro William E.Deming era PhD, título que certamente o qualificou para ser um dos líderes da reconstrução japonesa no pós-guerra.

Com isso, queremos dizer que o pensamento fora da caixa não é simplesmente um dom. 

Ele pode ser desenvolvido por todos que queiram se destacar em suas carreiras, desde que haja uma disposição permanente para isso. 

Confira abaixo como chegar lá.

1. Abra sua mente 

Você sabia que o incomparável Albert Einstein era um exímio tocador de violino?

A propósito, como revela uma matéria no site National Geographic, a música não era apenas um hobby, mas um elemento fundamental para o trabalho de Einstein.

Esse é um ótimo exemplo que ilustra um atributo de quem pensa fora da caixa: a mente aberta.

Imagine se ele não tivesse a abertura para entender que tocar violino podia ser uma forma de dar conta dos sofisticados cálculos que se propunha a resolver?

Ou seja, é bastante provável que, se ele ficasse debruçado o tempo todo em uma mesa quebrando a cabeça, boa parte da sua genial teoria nunca viria a existir.

2. Aprenda coisas novas

A experiência de Einstein com a música nos traz ainda uma outra lição: a de que aprender coisas novas tem sempre valor.

Como diz a sabedoria popular “conhecimento não ocupa espaço e nunca é demais”.

Logo, quanto mais informação absorvemos, mais conhecimento adquirimos e, assim, teremos mais ferramentas e recursos para trabalhar.

Assim pensam e agem os polímatas, pessoas que se notabilizam por dominar um amplo espectro de áreas de conhecimento.

O mais ilustre deles é Leonardo da Vinci, com suas contribuições de enorme peso para a matemática, engenharia, anatomia, pintura, escultura, arquitetura e música, entre outros campos do saber.

3. Leia de tudo 

O hábito de ler é a melhor maneira de afiar o raciocínio, fazendo com que a mente desenvolva a habilidade de trabalhar conceitos cada vez mais complexos.

O bilionário Elon Musk, por exemplo, já declarou que é um leitor voraz.

Mas isso não quer dizer que ele só leia obras relacionadas à sua área de atuação.

Como destaca uma matéria publicada no site Infomoney, a lista de livros de cabeceira do fundador da Tesla é bem eclética.

Quanto mais variado for o leque de estilos, mais linguagens, códigos verbais e estruturas de pensamento nos habilitamos a dominar.

O resultado disso não pode ser outro: o pensamento fora da caixa e uma visão mais ampla sobre as coisas.

4. Aproxime-se de pessoas inteligentes 

O escritor americano Jim Rohn defendia a teoria de que somos a média das cinco pessoas com quem passamos mais tempo.

Simples e genial, essa frase faz todo sentido porque, quanto mais convivemos com pessoas capacitadas, a tendência é copiar o seu comportamento e formas de ser, pensar e agir.

Claro que, para isso, é necessária uma dose de humildade para reconhecer que se sabe menos do que alguém.

Aí entra a mente aberta, atributo que, como vimos, levou Einstein a desenvolver diversas de suas espectaculares teorias.

5. Improvise, mas com sabedoria 

O pensamento fora da caixa não é sinônimo de rebeldia sem limites.

O mercado busca por profissionais que saibam apresentar soluções inovadoras e disruptivas, desde que estejam conectadas com a realidade.

Então, é preciso saber utilizá-lo com algum critério, até mesmo nas situações que possam demandar alguma capacidade de improviso.

O futebol brasileiro é talvez um ótimo caso de sucesso de uso dessa capacidade com inteligência.

Afinal, nós somos os primeiros a introduzir o drible no futebol, uma solução inventiva para superar os duros esquemas defensivos das seleções europeias.

6. Olhe para o contexto 

A expressão “big picture” é muito usada pelos falantes de inglês para destacar a necessidade de ver uma situação por uma perspectiva mais ampla.

Ela sinaliza também para os erros que nos arriscamos a cometer quando pensamos de maneira enviesada, ou seja, olhando só para um lado, ignorando o contexto.

Portanto, pensar fora da caixa só tem valor quando as ideias se aplicam à realidade que as cerca, considerando múltiplos fatores que possam estar envolvidos.

7. Direcione sua criatividade 

Criatividade e pensamento outside the box têm naturalmente uma relação íntima.

Por outro lado, ser criativo só vale quando esse atributo é colocado a serviço de alguma causa, certo?

Até na produção artística, se observarmos bem, veremos que existe um propósito, uma direção naquilo que se faz.

8. Não se leve tão a sério 

A experiência de Einstein com o seu violino, que ele carinhosamente chamava de “Elsa”, traz outra valiosa lição: a de que não precisamos levar tudo a sério o tempo todo.

Se assim fosse, em vez de recorrer à música enquanto desenvolvia seus cálculos, ele permaneceria escravo dos métodos, deixando assim de contribuir para a ciência tão brilhantemente.

9. Desenvolva a memória 

Você provavelmente já viu alguém dizer que tem péssima memória, certo?

O que talvez essas pessoas não saibam é que memorização é uma habilidade que pode ser trabalhada. 

O hábito da leitura, por exemplo, é uma das melhores formas para desenvolver a capacidade de absorver e reter dados.

10. Pense em como ser útil 

Como vimos até aqui, pensar fora da caixa não tem tanta serventia quando não está a serviço de causas concretas.

Assim sendo, é preciso também desenvolver uma postura proativa, mais preocupada em solucionar os problemas das pessoas ou, se preferir, dos clientes da sua empresa.

Descubra como orientar seu time de colaboradores para resolução de problemas.

Cursos também ajudam a pensar diferente?

Não há dúvidas de que aprender coisas novas é um requisito para desenvolver o “outside the box thinking”.

A Escola EDTI é entusiasta desse pensamento, que você pode trabalhar a partir dos nossos cursos sobre a consagrada metodologia Lean.

Escolha uma das nossas modalidades presenciais ou EAD e capacite-se para ir mais longe na carreira.

Conclusão

O hábito de pensar fora da caixa não é uma exclusividade dos grandes gênios.

Você também pode ser um nome de destaque na sua área, desde que se mantenha em constante aperfeiçoamento e siga as dicas que você aprendeu neste artigo.

Um bom ponto de partida é fazer um dos cursos da EDTI em Lean Six Sigma, uma valiosa ferramenta de gestão para levar mais qualidade para as empresas.

Continue aprendendo, acessando o e-book em que destacamos a importância de ser proativo no trabalho!

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