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Kaoru Ishikawa: quem foi esse guru da qualidade

É impossível ler sobre ou estudar a modernização da indústria sem ter contato com a obra de Kaoru Ishikawa.

Seria mais ou menos como estudar Física e não falar de Albert Einstein ou cosmologia sem citar Stephen Hawking.

Seus livros e postulados são leitura obrigatória para todos que desejam ingressar no segmento industrial ou que prezam pela eficiência nos processos.

Afinal, o mestre Ishikawa deixou um legado não só para a indústria de transformação, como também para todas as atividades produtivas que conhecemos.

Vale a pena conhecer a vida e a obra desse grande mentor!

Quem foi Kaoru Ishikawa e qual sua importância para a qualidade?

Graduado em Química pela Universidade de Tóquio em 1939 (ou seja, logo no início da Segunda Guerra Mundial), Kaoru Ishikawa começou a trajetória profissional no exército japonês.

Depois de dar baixa, ele foi contratado pela Nissan Liquid Fuel Company, onde ficou até 1947, ano em que passou a dar aulas no curso de Engenharia na Universidade de Tóquio.

A partir de 1949, Ishikawa integrou a União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), onde se destacou no segmento de pesquisa de controle de qualidade.

Foi a partir de então que ele aprendeu os conceitos norte-americanos de produção, em um intercâmbio com William Edwards Deming e Joseph Moses Juran.

Com o vasto conhecimento acumulado, ele criou as bases para desenvolver um autêntico padrão japonês de qualidade, no qual todo o ciclo de vida de um produto é contemplado.

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Kaoru Ishikawa e as ferramentas da qualidade

As contribuições de Kaoru Ishikawa vão muito além do ensino e pesquisa.

Profundamente engajado em melhorar os processos produtivos em seu país, ele foi responsável por aperfeiçoar diversas ferramentas de controle de qualidade usadas até hoje.

Isso sem contar o seu próprio método nessa área, o famoso Diagrama de Causa e Efeito, que não por acaso também é conhecido como Diagrama de Ishikawa.

Sempre que uma empresa implementar projetos de qualidade total, terá que utilizar essa ferramenta para realizar diagnósticos e orientar a implementação.

Não por acaso, o próprio toyotismo bebeu na fonte aberta por Ishikawa.

O mestre, porém, não se pautava apenas na ferramenta que ele mesmo criou.

Com uma visão holística, ele entendia melhor do que qualquer um a importância de usar múltiplas soluções e ferramentas em suas análises.

As mais utilizadas ao longo de sua carreira você confere a seguir:

Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe

Como o nome já indica, o Diagrama de Causa e Efeito tem como finalidade orientar gestores e equipes em relação às causas e consequências de um certo problema.

Também conhecido como Espinha de Peixe, em razão do formato parecido no desenho, ele se estrutura conforme a metodologia 6M, em que cada “M” representa:

Ao fazer o levantamento das eventuais causas relacionadas a cada um desses fatores, é possível chegar a um quadro mais amplo de detecção de falhas.

Dessa forma, o Diagrama de Ishikawa é uma das mais importantes ferramentas de gestão da qualidade, amplamente empregada em projetos de melhoria contínua.

Histograma

Como vimos, Kaoru Ishikawa pode ser considerado o “pai” da gestão da qualidade.

Foi ele quem consagrou o uso das chamadas “Sete Ferramentas da Qualidade”, entre as quais uma das mais importantes é o histograma.

Nesse caso, ele passou a ser aplicado para verificar a frequência de um certo tipo de problema, ajudando a detectar a quantidade de inconformidades em uma produção.

Trata-se de uma ferramenta indispensável quando se busca analisar dados relativos a variáveis como peso, altura, comprimento e outras que exijam aferição precisa.

Folhas de verificação

Outra ferramenta indispensável em processos de análise de qualidade são as folhas de verificação.

Nela, devem constar todos os itens sujeitos à inspeção de controle, que por sua vez, devem ser marcados como “conferidos” ou não.

É o famoso check list, que tem como função principal orientar o gestor em relação ao que já foi feito e o que ainda está por fazer.

Gráficos de dispersão

Amplamente utilizados em estudos que envolvam estatística, os gráficos de dispersão são também usados no controle de qualidade para verificar possíveis relações de causa e efeito.

Nesse caso, continuam valendo os princípios estatísticos, em que uma variável independente é relacionada a uma dependente.

Por exemplo: em uma linha de montagem, um gestor pretende saber se a redução da produção tem relação com as paradas para manutenção.

A redução da produção, no caso, é a variável independente, sendo as paradas para manutenção uma possível causa para esse fenômeno.

Fluxograma

Não seria possível medir e controlar a qualidade sem conhecer os processos envolvidos em uma atividade produtiva.

Para isso, uma das ferramentas utilizadas por Kaoru Ishikawa é o fluxograma, que serve para indicar visualmente as diferentes etapas de um processo, identificando:

  • Seu início e fim
  • As atividades a ele relacionadas
  • Seus pontos de decisão
  • Os documentos indispensáveis
  • O fluxo de informação.

Cartas de Controle

Outra solução importada da estatística são as cartas de controle, nas quais se busca conhecer o desvio padrão de um processo.

Em outras palavras: por meio dessa ferramenta, é possível saber em que ponto um certo processo está apresentando resultados abaixo ou acima da linha considerada aceitável como um padrão de qualidade.

Diagrama de Pareto

Já o Diagrama de Pareto é utilizado para apontar relações de causa e efeito partindo do princípio homônimo, segundo o qual 80% dos problemas decorrem de 20% das causas.

Como adotar os princípios de Kaoru Ishikawa

A obra de Kaoru Ishikawa é extensa e certamente não poderíamos abordá-la por completo em apenas um artigo.

Portanto, se você quer mergulhar fundo nos princípios e técnicas criados pelo mestre, precisará de materiais de apoio ainda mais completos e cursos na área de gestão da qualidade.

Fica então a sugestão para baixar o nosso ebook – Tudo que Você Precisa Saber Sobre o Diagrama de Ishikawa!

Conclusão

Kaoru Ishikawa é e sempre será lembrado pela sua enorme contribuição para a indústria de transformação e gestão da qualidade.

Continue aprendendo com os materiais gratuitos da EDTI ou matriculando-se em nossos cursos presenciais e EAD.

Baixe também o ebook – ISO 9000 e Seis Sigma e entenda como melhorar os processos da sua empresa por meio de normas e metodologias de qualidade!

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2 comentários em “Kaoru Ishikawa: quem foi esse guru da qualidade”

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