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Análise de Causa Raiz: o que é, como fazer e principais métodos

Na vida e nos negócios, todo problema tem a sua causa raiz.

O primeiro grande passo para resolver as situações é identificar seu motivo principal.

Na indústria, esse é um procedimento quase obrigatório quando ocorrem falhas, especialmente nos processos envolvidos nas linhas de montagem.

Em uma atividade sequenciada, há casos em que encontrar a causa exata de um erro pode ser como procurar uma agulha no palheiro.

Porém, existem outros pontos que devem ser considerados quando se busca respostas para um dado problema.

Para ver quais são e como fazer análise de causa raiz, leia este texto até o final e agregue conhecimentos úteis à sua carreira.

analise de causa raiz

O que é causa raiz?

O termo causa raiz é usado para designar as falhas primárias em uma atividade produtiva que, por sua vez, levam à perda de eficiência, acidentes ou prejuízo na qualidade.

Sua característica fundamental é estar por trás de todos os erros que podem acometer um processo produtivo.

Ou seja, trata-se do real problema a ser combatido.

Por passar despercebida em muitas situações, é comum que ela esteja na origem de outras causas, que no caso, seriam secundárias.

E o que é Análise de Causa Raiz (RCA)?

Problemas complexos pedem análises aprofundadas.

É nesse ponto que a Root Cause Analysis, ou Análise de Causa Raiz, é a ferramenta indicada para investigar onde um problema começa.

Imagine, por exemplo, que uma linha de produção deu origem a um lote defeituoso, enquanto outros fabricados no mesmo período saíram dentro dos padrões de qualidade.

Nesse caso, seria difícil apontar o que aconteceu para explicar esse fenômeno sem uma análise aprofundada dos fatores envolvidos.

Assim, a RCA é muito útil para casos em que não há uma causa primária para um problema ou quando ela não é facilmente perceptível.

Para que serve a Análise de Causa Raiz?

Embora não seja focada diretamente na prevenção, a RCA é uma importante coadjuvante para ajudar empresas de diversos segmentos a evitar a recorrência de falhas.

Na indústria de transformação, ela serve para identificar as reais causas por trás de erros em processos, apoiando a tomada de decisão quanto ao que fazer para resolver.

Isso porque, ao tomar conhecimento sobre o que de fato leva um processo a falhar, a empresa se habilita a antecipar problemas em suas atividades futuras.

Para isso, é necessário realizar um extenso trabalho investigativo que tem como base a aplicação de questionários, entre outras ferramentas de análise.

Falando nisso, a metodologia Lean conta com 5 ferramentas para a sua implementação. Conheça-as neste material completo! 

Métodos de análise de causa raiz

Encontrar a causa raiz de um problema é sobretudo um trabalho investigativo.

Portanto, além do “faro”, o gestor que levar à frente uma RCA precisará contar com ferramentas apropriadas.

Em certos casos, não há muitas pistas a seguir e, quando isso acontece, a única saída é recorrer aos métodos reconhecidos pela sua eficácia.

Isso sem contar que, em quase todas as situações, a causa raiz pode ser confundida com causas secundárias.

Ou seja, ela na verdade é a causa de outras causas.

A seguir, vamos falar sobre as principais ferramentas e métodos usados por quem é gestor ao realizar a RCA em suas empresas.

Diagrama de Ishikawa (Espinha de peixe) 

Problemas em processos produtivos em geral têm relação com o chamado “6M” do Diagrama de Ishikawa:

  • Método
  • Matéria Prima
  • Mão de obra
  • Máquinas
  • Medidas
  • Meio Ambiente.

Sua elaboração deve partir de um problema identificado, para o qual deve ser traçada uma grande linha central horizontal apontada para a direita.

Perpendicular a esta linha, são desenhadas outras seis, três em cima e três embaixo, cada uma representando um dos 6Ms.

Em cada uma delas, o gestor relaciona todas as possíveis causas que tenham relação com o “M” em questão.

Confira neste e-book tudo o que você precisa saber sobre o Diagrama de Ishikawa!

Gráfico de Pareto

De acordo com o princípio de Pareto, 80% dos problemas têm origem em 20% das causas.

Isso significa que, normalmente, a quantidade de reais causas é bastante reduzida ao eliminarmos as causas secundárias.

Dessa forma, é preciso identificar quais dessas causas geram mais impactos, de maneira a tratá-las com a prioridade que merecem.

Para isso, o Gráfico de Pareto toma como referência a frequência com que cada falha ocorre.

A partir disso, as diferentes causas são dispostas em um gráfico de colunas, cujo tamanho varia conforme a ocorrência seja mais ou menos frequente.

Quer saber tudo sobre o Princípio de Pareto? Então, não deixe de acessar este material completo!

5 porquês 

O método dos 5 Porquês se destaca pela sua extrema simplicidade.

Tudo consiste em perguntar a razão de um problema 5 vezes em sequência, de maneira a esgotar as possibilidades de razões para uma falha.

Análise da Árvores de Falhas

A Árvore de Falhas recebe esse nome por se assemelhar a uma árvore genealógica.

Nela, as causas e condicionantes de um problema são inseridas na forma de um diagrama, em que cada polígono representa uma origem diferente.

Diagrama de Dispersão

Já o Diagrama ou Gráfico de Dispersão apresenta as falhas em um gráfico contendo um eixo horizontal e um eixo vertical.

Ele é usado para encontrar possíveis relações de causa e efeito, que se evidenciam conforme os pontos no gráfico se mostram mais alinhados.

analise de causa raiz

Como fazer uma Análise de Causa Raiz

Por ser um método investigativo, a RCA pode ser utilizada para tratar de qualquer problema, dos mais simples aos mais complexos.

Por essa razão, convém observar até onde a investigação pode ir, já que em certos casos, uma falha pode ser “destrinchada” indefinidamente.

Veja então como fazer do jeito certo.

Definição do problema

A primeira etapa consiste na definição do problema a ser tratado.

Para isso, o desafio a ser superado precisa ser identificado o mais claramente possível, especialmente em relação aos impactos que ele está causando.

Comece então respondendo às perguntas:

  • O que acontece?
  • Que sintomas caracterizam o problema?
  • Qual o impacto desse problema nos negócios?

Coleta de dados

Não se pode tomar decisões sem dados para sustentá-las, e isso se aplica também à RCA.

Quanto mais informações houver a respeito de um problema, mais elementos você terá para se orientar ao analisar sua causa raiz.

Entre os dados de maior relevância, procure por:

  • Participação das pessoas envolvidas e o que possam ter feito
  • Todos os fatores ambientais possíveis de serem identificados
  • Quais eram as condições do objeto antes, durante e depois da ocorrência
  • Nos casos em que haja máquinas e equipamentos, vale coletar informações sobre seus aspectos operacionais, por exemplo: estado da lubrificação e se as manutenções estão em dia, entre outros

Identificação das possíveis causas

Já de posse dos dados, é hora de partir para a RCA propriamente dita.

Veja abaixo o roteiro a ser seguido:

  • Identificação do problema
  • Classificação da sua relevância
  • Reconhecimento das causas, ações e condicionantes imediatamente relacionadas ao problema
  • Reconhecimento das causas para as causas apontadas anteriormente, até que se esgotem a possibilidades ou a causa não seja mais passível de controle.

Identificação da(s) causa(s) raiz

Uma vez que se faça uma lista de causas tão extensa quanto possível, você será capaz de chegar à causa raiz de um problema.

Nesse processo, é comum que essa causa esteja relacionada com fatores externos, portanto, que fogem ao controle da empresa.

Por exemplo: digamos que uma causa raiz para a má qualidade de um lote de produtos seja a má procedência da matéria prima.

Nesse caso, a causa raiz é a matéria prima, que, como tal, pode vir de um fornecedor externo. 

Dessa forma, procure focar naquilo que está ao alcance da empresa.

Se a real causa estiver ligada a um fator externo, é bem provável que alguma etapa do processo precise ser modificada.

Implementação de soluções 

Encontrar a causa raiz é apenas o começo de um processo corretivo e que pode dar origem a medidas preventivas de controle.

Nessa etapa, defina as ações corretivas para eliminar a causa raiz por meio do Design Of Experiment (DOE), que nada mais é do que a avaliação da relação entre causa e efeito de um problema.

Não deixe também de avaliar se a implementação da solução de fato contribui para eliminar o problema ou se pode vir a causar danos ainda maiores.

Caso haja algum risco envolvido, ele deve ser calculado em todas as suas variáveis, de maneira que possa ser mitigado ou neutralizado.

Monitoramento

A solução de um problema pela eliminação da sua causa raiz deve ser monitorada, a fim de gerar um registro a ser consultado no futuro, caso a falha se repita.

Dessa forma, a RCA será um instrumento útil para correção de problemas, enquanto gera um valioso repositório de informação para balizar decisões futuras.

Conclusão

Dimensionar corretamente um problema é uma tarefa que requer um intenso trabalho de coleta e análise de dados.

Como vimos, a RCA se presta a isso, por meio de diversas ferramentas e métodos investigativos no contexto industrial e empresarial.

Uma maneira de desenvolver o foco para trabalhar com Análise de Causa Raiz é conhecer a metodologia Lean, que tem como um dos seus objetivos a redução de falhas.

A dica para isso é fazer os cursos em Lean Six Sigma da Escola EDTI, na qual você encontra formação green belt e black belt.

Continue aprendendo com este e-book gratuito sobre a metodologia WCM e como ela pode ajudar a melhorar os seus processos!

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2 comentários em “Análise de Causa Raiz: o que é, como fazer e principais métodos”

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