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As empresas não se preocupam com o lucro

As empresas não se preocupam com o lucro

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Gostaria de abordar uma questão que afeta muitos profissionais em nosso país: a eficácia, ou a falta dela, nas operações empresariais, especialmente aquelas relacionadas diretamente com o cliente. Muitos de nós já enfrentaram a necessidade de entrar em contato com fornecedores para cobrar entregas, resolver problemas de atendimento, ou até mesmo recorrer a medidas legais para garantir a entrega de produtos adquiridos.

Essas experiências, muitas vezes compartilhadas nos canais do Procon e do Reclame aqui, indicam que a insatisfação nesse aspecto não é um problema isolado.

Se você já se viu nessa situação, certamente compreende a frustração que pode surgir quando o atendimento ao cliente não atende às expectativas. A seguir, discutiremos algumas questões relacionadas a esse desafio, bem como a importância de um atendimento eficiente para o sucesso das empresas.

A cada semana este grupo aumenta em pelo menos, 20 mil pessoas.

Como líder empresarial, compreendo a dinâmica desafiadora de satisfazer plenamente as expectativas dos clientes, especialmente em um cenário onde a base de membros cresce constantemente, adicionando cerca de 20 mil pessoas semanalmente.

É vital reconhecer que, como empreendedores, enfrentamos desafios e, às vezes, não conseguimos atender completamente as expectativas de todos os clientes. A pressão por custos crescentes torna esse equilíbrio ainda mais complexo. No entanto, considero uma obrigação tanto minha quanto da minha equipe fazer o máximo para alcançar esse objetivo.

Na EDTI, estamos profundamente comprometidos com a satisfação do cliente. Se um de nossos produtos registrar um NPS ou índice de satisfação abaixo de 90%, realizamos uma revisão aprofundada em uma reunião dedicada. Mesmo que seja uma ocorrência específica, não encaramos uma avaliação baixa como algo que permita uma postura passiva de nossa parte. Acreditamos que cada feedback é uma oportunidade valiosa para aprimoramento contínuo e crescimento.

Para nós, a satisfação do cliente é um valor e, para valor não há discussão.

Na EDTI, consideramos a satisfação do cliente um valor inegociável. Para nós, esse compromisso é sagrado.

Infelizmente, observo que muitas empresas ignoram esses princípios vitais. Reflito sobre a dificuldade de conquistar um cliente, destacando-se em meio a tantas opções disponíveis. Mesmo assim, algumas empresas parecem negligenciar completamente essa vantagem preciosa. Sinto uma mistura de frustração e tristeza quando preciso cobrar fornecedores, uma prática comum no Brasil, onde muitas vezes precisamos lutar para realizar uma simples compra. Algumas empresas parecem reservadas apenas para clientes extraordinariamente pacientes e persistentes. Isso é inaceitável.

Diante de situações como essas, não consigo evitar lembrar do famoso discurso de Deming, no qual afirmava que muitas empresas pareciam não se importar com o lucro. Acreditamos que a verdadeira excelência empresarial reside em reconhecer a importância de cada cliente e empenhar-se incansavelmente para atendê-los da melhor maneira possível.

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Doutor Deming estava coberto de razão.

É comum observar empresas focadas em áreas como marketing, gestores concentrados em aumentar seu poder e subordinados, vendedores buscando vendas a qualquer custo, muitas vezes negligenciando tanto a empresa quanto o cliente, e analistas tentando encontrar ocupações para preencher o tempo no trabalho. Gestores frequentemente se distraem com preocupações periféricas, como a decoração do escritório ou o carro que a empresa pode fornecer, enquanto poucos demonstram um compromisso real com o lucro. Isso levanta a questão: por que algumas empresas não se preocupam com o lucro?

Minha teoria é que priorizar o lucro é um trabalho árduo e contínuo. Requer dedicação constante, sem intervalos para descanso.

Para impulsionar o crescimento dos lucros, é essencial que as empresas eliminem custos e regalias desnecessárias. Além disso, um foco dedicado em atender e satisfazer as necessidades dos clientes é vital.

Imaginemos um cenário em que comprar um computador não exija intervenção estatal. O dono da loja se preocupa em resolver imprevistos, garantindo reembolso ou, pelo menos, explicando cortesmente qualquer contratempo. Visualizo um futuro onde as compras transcorrem sem preocupações sobre prazos de entrega, sem a necessidade de lembretes ou cobranças, porque os fornecedores cumprem seus compromissos sem a burocracia de contratos extensos e advogados.

Nesse cenário, o Dr. Deming certamente sorri de satisfação, testemunhando sua mensagem brilhante sobre a importância do atendimento ao cliente e da manutenção de propósitos consistentes incorporada à prática empresarial. Nesse dia, o Reclame Aqui testemunhará apenas vestígios de um passado em que os brasileiros, com esforço e capacitação de suas equipes, transformaram sua realidade, enfatizando valores essenciais. Este é meu desabafo e minha esperança. Acredito no potencial transformador deste país.

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4 comentários em “As empresas não se preocupam com o lucro”

  1. Acredito que o fato do atendimento ao consumidor tem um viés também interno. Tanto para a empresa prestadora do serviço como para o próprio funcionário envolvido na ação de atender. Nada mais eleva o moral do atendente, chamemos assim, do que ele perceber, através de ações de agradecimento, a qualidade do seu trabalho. Se a empresa simplesmente “joga num buraco” as oportunidades de agir positivamente em direção do consumidor, nada mais pode indicar ao funcionário de que todo o blá…blá…blá motivacional é verdadeiro. Daí, é um caminho escada à baixo, sem retorno.

  2. Olha o que saiu no Portal A TARDE:

    O empresário César de Medeiros, 42 anos, recebeu a conta do mês de novembro da televisão por assinatura com uma surpresa desagradável. Gerada pela Claro TV, a fatura veio em nome de “Otário Chorão”.
    Medeiros, que havia telefonado para o atendimento da empresa para pedir desconto, acredita que um atendente alterou o cadastro. A Claro, claro, informou por nota “que esse tipo de conduta não está de acordo com os princípios e valores da companhia”.
    O empresário achou inicialmente que era uma brincadeira. Agora ele tem a opção de entrar com processo contra a Claro TV, por perdas e danos.

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