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Management 3.0: o que é, quais são seus pilares e como usar na empresa

O management 3.0 é uma das mais recentes atualizações da reconhecida metodologia ágil.

Afinal, teorias e práticas de gestão evoluem o tempo todo, ainda que algumas tradicionais permaneçam sempre úteis.

Neste caso, trata-se de uma abordagem que valoriza mais o fator humano na condução de projetos do que os processos em si.

Com isso, espera-se alcançar resultados acima da média, apostando no engajamento e no comprometimento das pessoas.

Para quem está à frente de uma equipe ou de uma empresa, é também um conjunto de técnicas e iniciativas que, se bem implementadas, só podem gerar bons frutos.

Prossiga na leitura e conheça esta novidade mais a fundo!

Management 3.0: o que é?

A gestão 3.0, como também é conhecida, foi desenvolvida por Jurgen Appelo, um gestor Agile que publicou em 2011 sua principal obra com os princípios da nova metodologia, o livro “Management 3.0 – Agile Developers, Developing Agile Leaders”.

Só pela leitura do título (Desenvolvedores Ágeis, Desenvolvendo Líderes Ágeis), já se percebe a ligação do management 3.0 com os métodos Ágeis.

No texto, Appelo parece questionar: “OK, vamos desenvolver softwares com agilidade, mas e a gestão de pessoas, como fica?”

A partir disso, ele desenvolve um conjunto de princípios para orientar líderes, ajudando-os a incutir comprometimento e dedicação em suas equipes.

Origem do conceito

Como destaca o prefácio do livro, o gerenciamento das pessoas é um dos principais obstáculos para o desenvolvimento conforme a metodologia Ágil.

Linkando a realidade das empresas a essas dificuldades, Jurgen Appelo identifica que as organizações de hoje são sistemas vivos.

Desta forma, a gestão deve ser pautada principalmente nas pessoas e em relacionamentos.

Enquanto método, a gestão 3.0 é menos um conjunto de técnicas a serem seguidas à risca e mais uma abordagem compreensiva sobre o trabalho em equipe.

Outra dica para se tornar um líder melhor é ler este e-book sobre liderança feminina: Conquiste mais espaço no mercado!

Evolução: do 1.0 ao 3.0

Assim como a indústria evoluiu até a sua mais recente “versão”, a 4.0, a gestão de pessoas também passa por um processo similar.

Tudo começa no sistema tradicional, hoje chamado de management 1.0, em que prevalecia a hierarquia e as pessoas se limitavam a cumprir ordens.

Por ser um modelo mais rígido, não há espaço para a cultura do feedback, tampouco para políticas mais inclusivas de contratação.

Vale o “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Já a gestão 2.0 vem com uma proposta “reparadora”.

Ainda segue o princípio de verticalização pela hierarquia, mas prevê o uso de certas ferramentas para compensar as falhas desse modelo.

Uma delas é o Six Sigma, método que permite a identificação e correção dessas falhas, em um processo de melhoria contínua.

Por falar nisso, aproveite para baixar este e-book gratuito com todos os passos para a implementação do Lean Six Sigma!

Para que serve o management 3.0

O management 3.0 vem para suprir algumas lacunas deixadas pelo management 2.0.

A questão principal é que o modelo de gestão de pessoas vertical, embora ainda seja útil em certos casos, não é o ideal para muitos tipos de empresas.

Nas startups, por exemplo, a forte presença da tecnologia nos modelos de negócio torna a verticalização incompatível com um segmento ágil e disruptivo por natureza.

As empresas estão inseridas em um ambiente que não é apenas competitivo, mas complexo e volátil.

Diante desse contexto, o management 3.0 surge como uma metodologia orientada para uma realidade difícil de prever, onde a hierarquia já não faz muito sentido.

No que se baseia o management 3.0

A implementação da gestão 3.0 não acontece da noite para o dia, até mesmo nas empresas mais horizontalizadas.

Isso porque ela se baseia em seis princípios que se complementam, de maneira que nenhum deles pode ser excluído do processo.

Outro ponto fundamental é que, nesse modelo, o centro das atenções não são os lucros, mas as pessoas.

Mudar essa percepção nas empresas em que não existe uma cultura orientada para isso requer paciência, resiliência e lideranças muito preparadas.

Confira abaixo o que é preciso para que uma empresa seja de fato 3.0 na gestão de seus colaboradores.

Energizar pessoas

Nos métodos anteriores, a motivação para o trabalho era vinculada basicamente às recompensas materiais.

Não demorou muito para que as lideranças começassem a perceber que, diferentemente das máquinas, as pessoas não dão as mesmas respostas esperadas toda vez.

Ou seja, nem sempre um bom salário será suficiente.

Existem aspectos não materiais tão importantes quanto a remuneração para motivar e energizar.

A liberdade do home office, por exemplo, tornou-se uma excelente ferramenta de motivação para muitos profissionais.

Como esse, o management 3.0 passou a colocar em pauta outros meios alternativos e imateriais de engajar.

Empoderar pessoas

Em um contexto no qual a hierarquia já não traz resultados tão bons, cada membro de uma equipe e cada equipe em um setor tende a ganhar mais autonomia.

A partir disso, acontece um empoderamento natural do indivíduo, que, em vez de estar simplesmente subordinado a um superior, precisa mostrar resultados práticos.

Colaboradores mais autônomos tendem a produzir mais e melhor, uma vez que estão livres da fiscalização constante e daquela hierarquia rígida de um chefe acima do bem e do mal.

Definir limites

Aumentar a autonomia e energizar as pessoas não é sinônimo de vale-tudo.

Na própria metodologia ágil, a figura do líder está presente, como acontece nos Scrums, nos quais o Scrum Master responde pela sua equipe.

Para que haja um limite claro de responsabilidades e de funções, a metodologia 3.0 prevê a definição de limites de atuação, o “alinhamento de restrições”.

A diferença é que as regras se aplicam mais a um projeto especificamente, sem configurar um conjunto de normas gerais rígidas.

Desenvolver o tripé CHA

A tríade Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) é o que define o quanto um profissional é apto para uma função ou não.

Na metodologia Ágil, o desenvolvimento de pessoas passa a ser um elemento decisivo para o sucesso de projetos de diferentes níveis e escopos.

Na gestão 3.0, esse desenvolvimento tem a ver não apenas com as competências técnicas e a formação, mas com as chamadas “soft skills” e as habilidades de relacionamento.

Isso sem contar que ela visa também desenvolver a criatividade, independência e autonomia de cada um em suas rotinas.

Incremento da estrutura

Um fenômeno comum em empresas em expansão é a perda da identidade, que, via de regra, é acompanhada da desvalorização do fator humano.

A gestão 3.0 se propõe a corrigir esse desvio, de maneira que o crescimento não implique prejuízos na qualidade de vida das pessoas.

Ela prevê o incremento da infraestrutura preservando valores como a empatia, o feedback e o tratamento humanizado em todos os níveis de gestão.

Dessa forma, antes das metas e dos objetivos materiais, a empresa coloca em primeiro lugar as necessidades das pessoas.

Aplicação do Kaizen

Melhorar continuamente é também uma das bases da management 3.0, porque é a única maneira de manter uma empresa competitiva.

Afinal, um bom resultado só é válido no contexto em que ele acontece, ainda mais em plena Transformação Digital, em que o avanço da tecnologia dita o ritmo das mudanças.

Estar sempre em movimento é, portanto, o “antídoto” contra a indesejável e perigosa zona de conforto.

Vantagens do management 3.0

Uma pesquisa publicada na revista Exame traz evidências de algo que não é difícil constatar: empresas que prosperam têm colaboradores mais engajados.

São eles que levam suas empresas a resultados cada vez melhores.

Como a gestão 3.0 está focada justamente em aumentar o engajamento por meio da energização e do empoderamento, fica claro que ela pode trazer muitas vantagens.

Veja algumas delas a seguir.

Aumento da motivação

Tendo em vista que a motivação parte de fatores gerais e ao mesmo tempo individuais, torna-se um desafio encontrar a fórmula que funcione para uma empresa como um todo.

Nesse aspecto, o management 3.0 pode ajudar a encontrar respostas mais precisas, já que coloca o indivíduo como uma célula dentro de um organismo.

Assim, todos são importantes dentro de suas funções, o que contribui para gerar mais motivação interior.

Mais produtividade à vista

Outro fato que não chega a ser uma novidade é que equipes mais empoderadas e motivadas são mais produtivas.

Colocando as pessoas no centro das atenções, a empresa cria um ambiente favorável para que as tarefas de cada um sejam desempenhadas no máximo das capacidades individuais.

O resultado esperado não é outro senão índices de produtividade mais elevados e satisfação com a empresa.

Redução da margem de erro

Quando bem executado, o management 3.0 leva a um efeito cascata para os negócios.

Começa com a valorização das pessoas, que se tornam mais empoderadas, o que as leva a se sentirem mais energizadas, elevando sua produtividade.

Energia, atenção e disposição, por sua vez, levam à redução nas falhas, formando assim um ciclo virtuoso de ganhos mútuos. 

Satisfação em todos os níveis

Quando os colaboradores ganham, ganha a empresa, que passa a contar com empregados mais produtivos e, porque não dizer, rentáveis.

Dessa forma, ganham também os clientes da empresa, que recebem produtos e serviços de qualidade superior.

Como adotar o modelo management 3.0

Voltando ao que destacamos no início, a adoção da gestão 3.0 não acontece em um passe de mágica.

Para implementá-la efetivamente, é de extrema importância contar com líderes qualificados, não só em termos de competências como também na parte de relacionamentos.

Para isso, que tal aprender neste e-book sobre liderança Lean como se tornar um exemplo para sua equipe?

Management 3.0 x metodologias ágeis

Enquanto método de gestão, o management 3.0 bebe diretamente da fonte das metodologias ágeis.

Ambas mantêm uma relação de complementaridade, na qual uma trata dos processos e projetos em seus aspectos materiais, ao passo que a outra foca nas pessoas.

Para uma implementação bem sucedida, vale apostar ainda na metodologia Lean e sua “irmã”, a Lean Six Sigma, como meios para otimização de resultados.

Conclusão

Gerir pessoas é uma arte, pois o ser humano é imprevisível e, por isso mesmo, fascinante e desafiador.

A missão dos líderes é extrair de cada um o seu melhor.

Essa imprevisibilidade, porém, não precisa ser sinônimo de caos e aleatoriedade.

Para ter resultados consistentes e liderar com mais segurança, a palavra chave é conhecimento.

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1 comentário em “Management 3.0: o que é, quais são seus pilares e como usar na empresa”

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