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Sistema Toyota de Produção: o que é, quais os princípios e como aplicar

O Sistema Toyota de Produção – ou Toyotismo – surgiu no Japão em uma época em que o país lutava para se reconstruir depois de quase uma década de conflitos armados.

O período pós-Segunda Guerra foi de intensas transformações pelo mundo todo, nos mais diversos segmentos da economia.

Na época, o grande desafio da indústria era consolidar técnicas e métodos capazes de alavancar os resultados de produtividade em um contexto de recursos extremamente escassos.

De lá para cá, muita coisa mudou e o Toyotismo chega ao século XXI como uma metodologia ainda bastante utilizada.

Leia o texto até o fim para saber mais!

O que é o Sistema Toyota de Produção?

O que é o Sistema Toyota de Produção?

O Sistema Toyota de Produção (STP) é uma abordagem para a produção focada em aumentar a produtividade por meio da organização dos processos e redução dos desperdícios.

Outro dos seus focos é aumentar o valor gerado para o cliente final ao mesmo tempo em que reduz significativamente os prazos de entrega.

Essa aceleração, porém, não é feita em detrimento do bem-estar dos trabalhadores ou uma sobrecarga de atividades.

Muito pelo contrário, o Sistema Toyota acaba por melhorar o clima organizacional, ao rearranjar e alinhar os fluxos, eliminando processos desnecessários.

Como surgiu o Sistema Toyota de Produção?

Como surgiu o Sistema Toyota de Produção?

Nas décadas que se sucederam ao fim da guerra, o Japão buscava formas de reerguer sua indústria e alavancar a economia nacional, destruída após o conflito.

Nesse contexto, o governo passou a incentivar todas as iniciativas de estudo da qualidade e melhoria da produtividade.

Foi então que o Toyotismo surgiu na Toyota Motor Corporation, onde provou ser uma ferramenta extremamente valiosa.

Quem criou o Sistema Toyota de Produção?

A autoria do Sistema Toyota de Produção é creditada a Taiichi Ohno, chefe de produção da Toyota no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial.

Ohno foi um engenheiro mecânico e industrialista japonês que ficou conhecido por suas contribuições à área, integrando o panteão de estudiosos conhecidos como gurus da qualidade.

Nascido na China de pais japoneses, ele entrou para a Toyota ainda jovem, com 20 anos, e lá permaneceu até sua aposentadoria 46 anos depois.

Quais são as principais características do Sistema Toyota de Produção?

Uma das principais características defendidas pelo Toyotismo é a manutenção de fluxos produtivos simples e diretos, que cortam atividades redundantes e gargalos na produção.

Esse processo diminui significativamente o tempo de espera, enquanto diminui os estoques para cortar gastos de armazenamento.

A cultura de melhoria contínua ganha com isso um impulso, podendo então ser implementada nos processos de ponta a ponta.

Nunca é demais lembrar que o toyotismo é praticamente sinônimo de Lean Manufacturing.

Por isso, é também um modo de produção que se opõe fortemente contra os chamados desperdícios Lean.

Principais pilares do Sistema Toyota de Produção

O Sistema da Toyota é uma metodologia ampla, que usa algumas ferramentas específicas para atingir seu objetivo.

Conheça algumas delas a seguir.

Poka Yoke

Poka Yoke é o nome dado à técnica utilizada para garantir que os processos, máquinas e produtos sejam “à prova de erros”, como indica a tradução do termo japonês.

Criado por Shigeo Shingo, o Poka Yoke funciona na prática como um dispositivo que busca evitar a ocorrência de defeitos na fabricação ou utilização do produto.

Para isso, cria automatizações capazes de alertar o trabalhador por meio de avisos sonoros ou luminosos ou pela parada no funcionamento até que o erro seja corrigido.

Jidoka

Também focado no controle de qualidade, o Jidoka pode ser traduzido como “automação com toque humano”.

Conceitualmente, a ferramenta propõe a autonomia para que as máquinas possam não só verificar os erros como também soar alarmes ou paralisar a produção se for o caso.

Kaizen

O conceito Kaizen é comumente traduzido para o português como “mudar para melhor”.

A técnica defende a perspectiva de que tudo pode ser melhorado, de modo que os processos produtivos estejam em constante aperfeiçoamento.

Kanban

Um dos princípios do Toyotismo é a manutenção de estoques mínimos, o que exige uma sincronização da produção para que não haja grandes momentos de espera.

Nesse sentido, o Kanban surge como a ferramenta utilizada para sinalizar o fluxo de trabalho entre uma etapa e outra, indicando para as partes interessadas assim que puderem desempenhar suas funções.

No quadro Kanban, ficam dispostas três colunas.

Na da esquerda, entram as tarefas “por fazer”, na do meio, as que estão “em andamento”, e na da direita, as tarefas “concluídas”.

Heijunka

O Sistema Toyota trabalha pelo modelo de produção puxada, em que a demanda dita o ritmo nas linhas de montagem.

A vantagem é a redução de desperdícios e a otimização dos recursos, já que nenhum produto fica sem encontrar comprador assim que é distribuído.

Por outro lado, esse modelo pode ser bastante desafiador quando a indústria fabrica mais de um tipo de produto ou tem uma gama de modelos muito grande.

Ferramentas como o Heijunka servem para nivelar a produção de produtos com diferentes demandas.

Just in time (JIT)

A produção puxada tem no conceito Just in Time uma das bases para orientar os gestores nas melhores práticas, principalmente em relação ao estoque.

A expressão significa “feito na hora”.

É quase como se a produção fosse um delivery, iniciando-se apenas quando há um volume de pedidos que a justifiquem.

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Qual a diferença entre Sistema Toyota de Produção, Taylorismo e Fordismo?

Em razão da sua eficiência, o Sistema Toyota de Produção ganhou o mundo e passou a influenciar na criação de outros sistemas de produção nos quatro cantos do globo.

Nos Estados Unidos, o engenheiro de produção Frederick Taylor foi responsável por criar o Taylorismo – também conhecido como Administração Científica.

O método de Taylor se diferencia do Toyotismo por dar ênfase ao rendimento individual e não ao trabalho em grupo.

Uma das diferenças em relação ao STP é a necessidade de manter grandes estoques.

Também defende a especialização das funções e o controle estrito, com inspeções ao final da produção.

Outro modelo de produção similar ao taylorismo é o fordismo, frequentemente comparado com o toyotismo.

Para alguns estudiosos e especialistas, são modelos quase antagônicos, já que o fordismo defende a produção empurrada, na qual a demanda é criada depois. 

No mais, ele se assemelha bastante ao modelo de Taylor, em especial na ênfase à abordagem científica da produção e aos métodos de controle estatísticos.

Como aplicar o Sistema Toyota de Produção na sua empresa?

O Sistema Toyota de Produção depende de uma série de pressupostos para poder ser implementado.

O primeiro passo é mapear os processos, de modo a identificar o que está e o que não está de acordo com os princípios toyotistas e a metodologia Lean Manufacturing.

É preciso ainda ter o domínio das técnicas, conceitos e ferramentas típicas do toyotismo: JIT, Jidoka, Heijunka e outras com as quais você teve contato ao longo deste artigo.

Não menos importante, é preciso contar com pessoal qualificado para avaliar a situação da empresa e conduzir a implementação do início ao fim.

Como aprender mais sobre o Sistema Toyota de Produção?

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Conclusão

De origem japonesa, o Sistema Toyota de Produção ganhou o mundo desde sua criação e serve de inspiração para empresas dos mais diversos segmentos.

O que começou como uma iniciativa de Taiichi Ohno para alavancar os resultados da montadora acabou por ser o ponto de partida para uma verdadeira revolução industrial.

Com foco na redução dos desperdícios e melhoria contínua da qualidade, o Toyotismo continua sendo utilizado com sucesso e você pode ser parte disso.

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